terça-feira, 19 de maio de 2009

Aromática


Eram quase 19 horas. Eu estava a caminho do trabalho da minha mãe, correndo contra o tempo, afim de lugar nenhum. Com uma chuvisca fria, daqueles dias de inverno frios, gelados, ventando sobre o pescoço, bem por baixo de um cachecol. No fim da rua, relógio. Marcavam 18 e 55.

No começo, apenas era mais um dia, de uma rotina corrida, entre tantas outras pessoas que ali na rua iam e vinham, como eu, simples cidadã. Logo apareceu a diferença...

Senti um aroma estranho, um aroma saudoso, de passado no ar e no meio do passado um pingo de nostalgia, nostalgia boa, doce, carinhosa. Logo vi que conhecia aquele cheiro que tanto me "tocou".

Lembrei exatamente de algumas memórias que pra sempre irão ficar. Lembrei que o tempo é o dono da razão, mas que ele jamais traria de volta um tempo bom, um tempo amigo, que me dava risadas e choros de presente, bons e ruins. Lembrei de uma história, uma intenção. Lembrei de músicas, fases... Lembrei de mim mesma.


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